sábado, 11 de agosto de 2007

A febre do TomTom

Uma das primeiras coisas que me chamou a atenção em Portugal foi a quantidade de aparelhos GPS que encontrei na Fnac daqui. Tá bom, eu poderia começar meus textos falando de lugares históricos e bem mais interessentes mas, em 2007, meu amigo, a primeira coisa que você precisa quando vai morar numa cidade nova é um celular - com o número do consulado na memória, só pra garantir. E lá estava eu no tal shopping, pesquisando entre as diferentes lojas de telemóvel, quando me deparei com a Fnac e suas prateleiras repletas de TomTom, que é como os caras chamam o GPS aqui (telemóvel eu garanto que você já sabia o que era).

O que me impressionou, além das TVs de LCD (plasma é coisa do terceiro mundo, tá?) de marcas que eu nunca ouvi falar, foram as prateleiras abarrotadas de GPSs. Eram de todas as espécies: para usar no aparelho celular, junto com Palm, em aparelhinhos separados, modelos e mais modelos, que variavam entre 500 e 1.000 euros.

Fiquei imaginando por que um país que pode ser atravessado de norte a sul em apenas 7 horas e onde tudo é tão bem sinalizado, precisaria de tantos GPSs. Achei que poderia ser um desperdício de dinheiro. Até que me dei conta do mais óbvio dos fatos: um povo que queria chegar às Índias e acabou indo parar no Brasil realmente não pode se gabar muito do seu senso de direção.

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