sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Nossa língua portuguesa.


Não entendo e nem estudei picas sobre a reforma da língua portuguesa, mas já sei que sou absolutamente contra. Basicamente porque me oponho radicalmente a reaprender qualquer coisa que já me ensinaram como correta um dia.

Pra mim, Plutão é um planeta, pombas são inofensivos símbolos da paz, a energia nuclear deve ser banida do mundo e contra-regra sempre terá hífen. E fim de papo.

De qualquer maneira, já que a mudança é inevitável, resolvi dar a minha fundamental contribuição neste assunto. Depois de alguns meses morando em Portugal, me vi obrigado a aprender palavras tão bizarras quanto ecrã, autoclismo, estafeta, diospiro e cona, por exemplo.

Mesmo que você não tenha a menor idéia do que elas significam, é bem fácil perceber que deveriam existir sinônimos melhores. E sua certeza só aumenta depois que você descobre o que realmente são: tela, descarga, motoboy, caqui e vagina (na versão chula), respectivamente. Todas palavras úteis com as quais você terá maior ou menor contato no seu cotidiano - aí vai do gosto de cada um.

Não sei se ainda dá tempo de incluir minhas sugestões na reforma, mas acho que seria um esforço útil. E, caso Portugal exigisse uma espécie de compensação linguística, poderiamos trocar, sei lá, a palavra "chulo" pela equivalente em português daqui. Eu não tenho a menor idéia de qual seja, mas aposto que é muito mais gira.